Facebook: a nova empresa de mídia


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Rede social começa a alugar filmes e competir com Apple, Hulu e NetFlix.

Por meio de uma parceria com a Warner Bros, rede social terá serviço de aluguel de filmes 
Por meio de uma parceria com a Warner Bros, rede social terá serviço de aluguel de filmes

Um grande e poderoso player acaba de entrar no mercado de distribuição de filmes. A Warner Bros. Entertainment anunciou nesta terça-feira, 8, que iniciará a distribuição de filmes tanto para venda quanto para aluguel por meio do Facebook. E estreia com “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (“The Dark Knight”, no original). “Inicialmente, os filmes estarão disponíveis para aluguel por 3 dólares ou por 30 créditos do Facebook. Posteriormente, outros filmes da Warner serão colocados comercialmente para aluguel e compra.
O Facebook já é o serviço de vídeo que cresce mais rapidamente, com a expansão da oferta de filmes e, certamente, poderá acelerar ainda mais essa oferta com seriados de TV. Em janeiro, conforme a comScore, o Facebook foi o sexto maior provedor de vídeo, à frente de players como Microsoft, Turner e Hulu. Ao contrário do Hulu ou do YouTube, o Facebook, graças à Zynga, já tem um robusto comércio de créditos que suporta as transações feitas pelas pessoas que compram itens virtuais para games como FarmVille e Mafia Wars, por exemplo.

O Hulu e o iTunes, da Apple, detêm a maior parte do conteúdo e têm trabalhado para adicionar funcionalidades (das redes) sociais aos seus próprios serviços. Por quê? Porque enquanto os serviços de busca são úteis, a TV e os filmes são experiências sociais e essas empresas acreditam que as conexões sociais poderão servir como uma alavanca para a descoberta de conteúdo. As pessoas querem saber o que seus amigos (ou comunidades) assistem e o Facebook pode ser a rede mais bem posicionada para facilitar esse acesso.

A grande questão é saber o quanto o YouTube está perto de entrar no negócio de venda e aluguel de filmes e seriados de TV. Por enquanto, YouTube tem um catálogo limitado de filmes para alugar, como “Cães de Aluguel”, de Quentin Tarantino (“Reservoir Dogs”, no original), por US$ 1,99, por meio de streaming de vídeo com anúncios, ou “O Jovem Mestre do Kung Fu”, de Jackie Chan (“The Young Master”, no original). A estratégia do YouTube parece óbvia: não pagar as taxas de Hollywood pelo conteúdo. Ao contrário, o YouTube, aparentemente, quer cultivar um novo mercado para vídeos curtos que já existe fora de Hollywood.

“Batman – O Cavaleiro das Trevas” não é novo. É de 2008. E o Facebook, aparentemente, usa os mesmos termos do iTunes, que aluga o filme por US$ 2,99 e vende por US$ 9,99. Mas, o Facebook (e a NetFlix) tem algo que a Apple não tem: está instalado como uma aplicação na maior parte das TVs conectadas.

Há outra similaridade entre Facebook e Apple: ambos ficam com 30% dos créditos das transações. Ainda, se o Facebook conseguir convencer os estúdios a vender seus produtos diretamente nos seus próprios termos, não há razão para que o catálogo da rede social não se expanda rapidamente. As ações da NetFlix abriram em baixa de 3% na Nasdaq nesta manhã de terça-feira, 8, quando o acordo entre a Warner e o Facebook foi anunciado.

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