Redes sociais refletem as intenções de voto

Fonte: Meio&Mensagem

Números da pesquisa Datafolha comprovam o que os internautas já indicavam: eleitores mudam de opinião sobre Dilma após a veiculação de reportagens negativas sobre o PT
23 de Setembro de 2010 às 11:08
A disputa pela presidência da República ganhou um panorama um pouco diferente nesta semana. Após a publicação na imprensa de notícias relativas a escândalos no PT, envolvendo a Casa Civil, a diferença da candidata Dilma Rousseff, que vem liderando as pesquisas com uma boa vantagem, diminui cinco pontos. Os números foram apresentados nesta quinta-feira 23, em mais uma edição da pesquisa Datafolha de intenções de voto.

De acordo com o relatório, encomendado pela Rede Globo, a candidata do PT caiu de 51% para 49%, enquanto seus principais adversários tiveram um ligeiro crescimento (José Serra, do PSDB, subiu de 27% para 28% nas intenções, enquanto Marina Silva, do PV, saltou de 11% para 13%). Ou seja, Dilma tem 49% das intenções de voto, enquanto seus adversários, juntos, ficam com 42%. A margem ainda garantiria uma vitoria da petista no primeiro turno, mas com maior aperto em relação á pesquisa Datafolha feita na semana passada, que concedia à Dilma uma vantagem de 51% contra 39% dos adversários.

Uma ideia deste novo cenário já havia sido tida com a 12ª rodada da pesquisa de monitoramento de marcas, feita pelo M&M Online em parceria com o iGroup – publicada na edição 1427 de Meio & Mensagem, que circulou com data de 20 de setembro de 2010. No estudo, que mensura as menções positivas e negativas que as “marcas” de cada um dos candidatos possui na internet, foi detectado um aumento das citações negativas a respeito de Dilma e uma queda de sua “saudabilidade”.

Segundo o monitoramento M&M/iGroup, feito ente os dias 10 e 16 de setembro, o índice de saudabilidade da candidata do PT caiu 9% em relação a semana anterior, chegando a 45,12% (índice considerado regular no termômetro da pesquisa, que estabelece a margem acima de 80% para ‘bom’ e acima de 50% para ‘mediano’). Tal percentual considera o desempenho do candidato no Twitter, na blogosfera e nos sites de notícias.

Uma semana antes da mensuração – quando já haviam começado as reportagens denunciando o caso da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra – a avaliação de Dilma Rousseff ainda não havia sofrido nenhum abalo. “A avaliação dos internautas pode ser muito volúvel. Numa semana, não havia maiores efeitos. Depois, o índice de saudabilidade de Dilma caiu bastante. Na web foram feitos muitos comentários negativos envolvendo a denúncia da revista Veja”, explica Ricardo Almeida, diretor geral da iGroup.

Já o índice da “marca” Serra subiu nove pontos de uma semana para outra, atingindo 58,94%. Se por esse lado o tucano pode comemorar, a pesquisa M&M Online/ iGroup indica que ele ainda não conseguiu aumentar sua participação nos comentários positivos. Seu share é o menor dos quatro principais candidatos à Presidência (o monitoramento incluiu Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, desde a sétima semana de pesquisa). Serra respondeu por 15,12% das menções positivas, contra 18,62% de Plínio, 31,75% de Dilma e 34,51% de Marina Silva (PV).

Em relação ao share negativo, Serra diminuiu a quantidade de críticas. Ele reuniu 26% das menções negativas na 12ª semana de monitoramento – no período anterior, seu índice foi de 38%. Entre as broncas dos internautas estão a postura do candidato no debate da Rede TV (segundo essa visão, ele deveria ter se dedicado mais à apresentação de propostas) e o tom de ataques em sua campanha.

Dilma é a que tem mais participação nos comentários negativos. Esse share vem subindo nas últimas semanas e hoje está em 555. Plínio também aumentou sua porção nessa avaliação, respondendo por 10% do total. Dos quatro candidatos, Marina foi a única que se manteve estável em relação à rodada anterior: tem 9%. Seu índice de saudabilidade caiu apenas 1%, ficando em 84,03%.

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